Aerominas: março 2007

sábado, março 31, 2007

Aerominas tem acesso a reportagem polêmica


O Aerominas teve acesso a um estudo publicado pela Agência Estado em 13/12/2000 e de autoria de uma viúva do vôo 402 da TAM em 31/10/1996.

O teor deste texto é assustador : revela em detalhes toda a rotina que controladores de vôo suportam em seu dia-a-dia e faz uma previsão certeira de que o colapso do sistema poderia ocorrer em pouco tempo.

Controle de vôo:profissão perigo

O tráfego aéreo no Estado de São Paulo está à beira de um colapso. A tecnologia atual é cheia de falhas, e as normas internacionais de segurança são desrespeitadas diariamente.
As condições de trabalho destroem a saúde dos controladores de vôo, aumentando ainda mais os riscos de acidentes.
Este quadro assustador é pintado pela pesquisadora da Universidade de São Paulo (USP) Rita de Cássia Seixas Sampaio Araújo, de 44 anos, e confirmado por controladores de vôo ouvidos pelo JT.
Segundo ela, os aeroportos de São Paulo passam diariamente por situações de extremo risco, que são escondidas da opinião pública.
"Se nada for feito, o sistema atual deve entrar em colapso em, no máximo, três anos", aponta.
Nas atuais condições, segundo a pesquisasora, já seria de se esperar a ocorrência de um grande acidente aéreo por semana.
"Isso só não acontece, ainda, devido aos controladores de vôo, que se desdobram para trabalhar em condições que acabam com a sua saúde", diz.
A saúde dos controladores de vôo é o tema da tese de mestrado de Rita, aprovada anteontem na Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo.
Durante três anos, ela pesquisou o centro de controle de aproximação (APP) de São Paulo, situado no aeroporto de Congonhas e responsável pelo tráfego entre os aeroportos da terminal São Paulo.
Essa área engloba aeroportos como os de Cumbica, Guarulhos, Viracopos, Campo de Marte, Sorocaba, Santos, entre outros.
Fora do aceitável Os controladores locais têm a maior carga de trabalho do País, já que no terminal APP ocorrem diariamente 2 mil pousos e decolagens, cerca de 60% do tráfego aéreo nacional.
Ali, Rita descobriu que a carga de trabalho dos controladores vai muito além do que as normas internacionais consideram aceitável.
Pelas regras da Organização da Aviação Civil Internacional, nenhum controlador pode ficar responsável por mais de 6 aeronaves na tela do radar.
"Nos horários de pico, eles controlam até 15" conta Rita. Além disso, a distância mínima entre aeronaves no ar não vem sendo respeitada, aumentando o risco de colisões.
"Enquanto o recomendado é uma distância de 5 milhas, em São Paulo ela chega a 2 milhas."
Na APP São Paulo trabalham 96 controladores, mas deveriam ser, pelo menos, 120. O problema do baixo efetivo, segundo números fornecidos pela pesquisadora, é generalizado.
Nos últimos oito anos, o tráfego aéreo vem aumentando a uma média anual de 8%, sendo que, de 1998 para 1999, subiu 20,7%.
Enquanto isso, o número de controladores diminuiu 3% nos últimos oito anos, em todo o país.
Hoje, há 2.300 controladores no País. Para fugir aos baixos salários, a maioria trabalha em um segundo emprego , o que piora ainda mais as condições de estresse.
"Nós todos estamos doentes, e isso tem conseqüências no nosso trabalho", desabafa o suboficial (o equivalente a subtenente no Exército) Mário Celso Rodrigues, chefe de equipe no APP São Paulo e presidente da recém-fundada Associação dos Controladores de Tráfego Aéreo do Estado de São Paulo.
"Houve um aumento absurdo no tráfego aéreo em São Paulo, sem um investimento tecnológico e humano que atendesse à demanda", afirma.
Entre as falhas técnicas mais graves, ele cita a manutenção dos radares, que considera inadequada.
"Por causa disso, os radares falham, e isso é inadmissível", diz. Rodrigues tem uma explicação pessoal para a falta de investimentos.
Ele lembra que o Brasil está se preparando para entrar num novo sistema computadorizado de controle aéreo, o CNS/ATM, a ser implantado mundialmente em 2010, e que permitirá aos aviões "voarem quase sozinhos".
"Penso que a aviação brasileira está tão preocupada em se adaptar ao novo sistema que deixou de lado o sistema atual", afirma.

Aeronáutica é uma caixa-preta

A pesquisadora Rita de Cássia Seixas Sampaio Araújo teve um motivo muito forte para se interessar por segurança aérea.
Seu marido, Flávio de Araújo Filho, então com 40 anos, era um dos passageiros mortos com a queda do Fokker 100 da TAM, em 31 de outubro de 1996.
Mas sua pesquisa, faz questão de ressaltar, vai além das motivações pessoais: "Pesquiso saúde de trabalho há dez anos."
Uma das diretoras da associação de vítimas do acidente, Rita ficou indignada com o relatório oficial sobre o acidente, que atribuiu a queda do avião a erros do piloto.
"O sistema sempre prefere culpar uma pessoa, em vez de reconhecer suas falhas", afirma. O controle da Aeronáutica, com sua estrutura militarizada, sobre a aviação, é o grande problema apontado pela pesquisadora.
"A Aeronáutica é uma caixa-preta", afirma. "A sociedade não sabe os riscos que ocorrem no tráfego aéreo, e os próprios funcionários, por causa da burocracia, têm dificuldade de solucionar os problemas."
O controlador de vôo Sueyoshi Sasaki, de 41 anos, também reclama da burocracia. Ele descreve o trajeto de uma reclamação:
"A queixa de um controlador tem de ser levada ao chefe da equipe, que passa ao adjunto do órgão, que apresenta ao chefe do órgão, que repassa ao chefe do destacamento, para só aí chegar ao comando.
Isso, se não se perder no caminho." Procurado pela reportagem, o superintendente do Serviço Regional de Proteção ao Vôo, coronel Ricardo Nogueira, não se manifestou.
A vida Sasaki é um exemplo dos problemas enfrentados pelos controladores de vôo. Ele começou a trabalhar em 1986, monitorando os vôos em Congonhas.
Após nove anos de estresse, ficou hipertenso e teve a uma trombose cerebral. Afastado dos radares, passou a gerenciar os horários de vôos.
"Tive de custear meu próprio tratamento", conta. Embora a Aeronáutica exija dos controladores uma bateria de exames médicos anuais, ela não se responsabiliza por nenhuma das doenças detectadas em controladores civis.
Os militares, que contam com o atendimento médico da Aeronáutica, também são vítimas dos mesmos problemas.
"Além de problemas de estômago, o trabalho me trouxe desequilíbrio emocional e dificuldades de relacionamento", confessa o suboficial Mário Celso Rodrigues.
O salário médio de um controlador é de R$ 1.400, contra os US$ 7 mil dos controladores americanos. "Ser controlador de vôo no Brasil é coisa de super-herói", resume Sasaki.

Redação Agencia Estado

Controladores serão subordinados a novo órgão



A Aeronáutica divulgou nota na tarde deste sábado em que noticiou a criação de um novo órgão, diretamente subordinado ao Ministério da Defesa, para que os controladores de vôo passem a exercer, independentemente da gestão militar, o controle de tráfego aéreo de natureza civil. A medida é decorrência do acordo feito entre o governo e a categoria, que entrou em greve na noite de sexta em todo o País.



Segundo a nota, "os militares e civis que atuam em órgãos de controle de tráfego aéreo passarão à subordinação dessa nova organização", que controlará o "controle da criculação aérea geral". A Aeronáutica "continuará com sua atribuição institucional de controle do espaço aéreo".






Redação Terra

GOL compra VARIG por US$ 320 MM

Veja como fica o mercado interno Veja o impacto nas rotas externas




Seis meses depois do acidente do vôo 1907, que deixou 154 pessoas mortas após queda de um Boeing 737-800 no norte do Mato Grosso, a Gol realizou o mais importante negócio da aviação brasileira, fechando a compra, por US$ 320 milhões, da Varig e se aproximando da TAM, líder no mercado nacional.



A compra, anunciada por meio de um comunicado, ainda depende da aprovação da Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) - juntas, Gol e TAM concentrarão 92% do mercado interno. A chilena LAN, que já havia feito um empréstimo de US$ 17,1 milhões para a Varig, também estava na disputa. Em fevereiro, analistas já previam que a Gol poderia alcançar a TAM antes do final do ano. Com a compra da Varig, esta perspectiva fica ainda mais próxima. A Gol é hoje a segunda colocada no ranking das companhias aéreas brasileiras em número de passageiros transportados. Em fevereiro, segundo dados da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), a empresa ficou com pouco mais de 40% do mercado, enquanto a TAM transportou 47,33% dos passageiros dentro do país. Somada à participação da Varig, de 4,57%, a Gol teria agora 44,57% do mercado. Ainda no mercado interno, o maior interesse da Gol é a presença da concorrente no aeroporto de Congonhas, em São Paulo. A Varig é a companhia com maior número de slots (vagas para pousos e decolagens) neste aeroporto, considerado o mais rentável do país. A companhia, no entanto, terá que negociar para manter esses espaços. A Anac quer redistribuir os slots, o que só não foi feito até agora por conta de uma liminar da Justiça do Rio de Janeiro.

No mercado internacional, a Gol encurtou bastante o caminho para a liderança de mercado com a compra da Varig. Isso porque, embora a Varig não use, ela ainda detém os direitos da maioria das rotas em que atuava. "Se a compra acontecer, a Gol terá todo esse mercado reservado da Varig", afirma Rogério Camilo, analista de transporte aéreo da Lafis Consultoria. "O crescimento da Gol hoje está restrito à sua capacidade de expansão. Com a compra, esse problema está resolvido", completa.

Nos vôos internacionais, a dianteira da TAM é maior: 61% de participação, ante 18,94% da Gol. A Varig tem hoje 11,82%, o que leva a Gol a 30,76%.
De acordo com o comunicado divulgado pela Gol, as duas companhias aéreas passam a ter, juntas, mais de 20 milhões de passageiros por ano. A marca Varig será mantida e as duas empresas terão contabilidades separadas. Ainda de acordo com o comunicado, a Gol vai pagar US$ 98 milhões com dinheiro do próprio caixa da empresa e entregar 6,1 milhões de suas ações preferenciais, num total de US$ 275 milhões. Além disso, a empresa vai assumir a emissão de R$ 100 milhões de debêntures de dez anos emitidas pela Varig, aumentanto o valor total do negócio para US$ 320 milhões. Ainda de acordo com o comunicado, a aquisição será realizada pela GTI S.A, uma subsidiária da Gol. A Gol assumirá integralmente as obrigações da nova Varig, como honrar as duas emissões de debêntures, de R$ 50 milhões cada, com prazo de 10 anos; a criação do Centro de Treinamento da Varig num valor mínimo de R$ 1 milhão; e a locação de alguns imóveis da Varig, em condições de mercado.
A Gol informou também que dobrará a frota da Varig das atuais 17 aeronaves para 34 jatos, todos da Boeing, sendo 20 modelos 737 e 14 aviões 767. Essa frota permitirá à Varig voar para 12 destinos internacionais: Frankfurt, Londres, Madrid, Milão e Paris, na Europa; Miami, Nova York e Cidade do México, na América do Norte; e Buenos Aires, Santiago, Bogotá e Caracas, na América do Sul. Em rotas internacionais de longa distância e em mercados de alto tráfego na América do Sul, a Varig irá voar com duas classes, econômica e executiva.
No mercado doméstico a Varig vai operar com uma única classe, priorizando as ligações entre os principais centros econômicos do país, tendo como principais bases de operação os aeroportos de Congonhas e Guarulhos, em São Paulo, e Santos Dumont e Galeão, no Rio de Janeiro.

Redação G1





TOTAL com novas frequencias e TRIP iniciando atividades em MG




A partir de 06 de abril a TOTAL estará operando no trecho PLU-BZC-SDU e retorno ( Pampulha-Buzios-Santos Dumont ). Os vôos ocorrerão aos sábados pela manhã (ida) e aos domingos à noite (volta) com tarifas a partir de 93 reais. A empresa já solicitou também vôos de PLU para São João Del Rei, Cabo Frio e São José dos Campos; e do Rio (SDU) para Macaé. Devem começar em breve. O site da empresa é www.total.com.br e os telefones são 4004-1664 ou 0300 789 6464.

Já a TRIP finca os pés em Belo Horizonte começando em 21/05 a operar no trecho VCP-PLU-VIX e retorno ( Viracopos-Pampulha-Vitoria), diariamente com ATR42.
Nas fotos, as aeronaves utilizadas pelas respectivas empresas.

Redação Aerominas

Colaborador Diego




Ex-Ministro Gandra acredita em "crise militar"


Para o brigadeiro da reserva Mauro Gandra, ex-ministro da Aeronáutica, a greve dos controladores de vôo na sexta-feira tem reflexos mais profundos do que os atrasos provocados em todos os aeroportos do País neste sábado. Gandra acredita que o motim representa uma "crise militar", que não será resolvida tão cedo.


"Quando se quebra a disciplina e a submissão nas Forças Armadas, você perde a autoridade. A própria convivência desses controladores com seus chefes será difícil a partir de agora", afirmou o ex-ministro, em entrevista por telefone.
Gandra defende a desmilitarização dos "militares insubordinados" que participaram da greve de sexta-feira e espera que o "crime" seja apurado pelo Ministério Público Militar e punido.
O militar comentou, ainda, a decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que está nos Estados Unidos, de suspender na sexta-feira a prisão de 18 controladores de vôo que participaram do motim.


Gandra mudou sua forma de analisar a questão de desmilitarização da atividade de controlador aéreo:


"Eu mudei de opinião com relação a isso. Quanto mais cedo eles (grevistas) puderem passar para civis, melhor seria, porque eles não merecem usar a farda que usaram nossos heróis na Itália e os inúmeros militares que morreram na defesa da nossa nação."


Quanto ao prazo para solução desta crise, o ex-ministro foi conclusivo :


"Isso não é rápido. Estamos falando de US$ 7 bilhões em equipamentos que deverão ser divididos. O País é pobre. Vamos comprar mais 26 radares? Esse processo passa por duas etapas: a primeira é tirar esses militares insubordinados da ativa e passá-los para civis. Outra são os equipamentos, que terão de ser divididos. Uma migração dessa pode levar de cinco a dez anos."

Redação Terra


Saiba o que fazer em caso de atraso no seu vôo


A Infraero instrui os passageiros que enfrentam atrasos com vôos a procurarem as companhias aéreas, que têm a obrigação de oferecer opções como troca de aeronave e hotel.

Saiba o que fazer.

Atitude imediata


Em caso de cancelamento ou atraso do vôo, o passageiro deve procurar imediatamente um funcionário da companhia aérea na qual adquiriu a passagem. Esse funcionário vai avaliar o tempo de atraso e disponibilizará o que for preciso, remanejamento do passageiro para outro vôo, alimentação e hotel, por exemplo.

Atraso de até 4 horas

De acordo com a Infraero, a companhia aérea deve acomodar o passageiro em outro vôo da própria companhia ou de outra em no máximo quatro horas. Se este prazo não for cumprido, o usuário poderá optar entre viajar em outro vôo, pedir endosso ou reembolso da passagem.

Atraso de mais de 4 horas

Para os passageiros que decidirem viajar em outro vôo, seja no mesmo dia ou no dia seguinte, a companhia é obrigada a propiciar hospedagem, alimentação e transporte para outro aeroporto, além de reembolsar despesas com telefonemas por causa do atraso.

Direitos do consumidor

Para orientações ou reclamações, os passageiros podem ligar para o Procon. Confira os números:

SP - 151
MG - 295-3366
RJ - 1512
ES - 3381-6222
RS - 151
BA - 321-4228
Brasília - 3212-1500

O passageiro que foi prejudicado por causa dos atrasos das companhias aéreas tem o direito a receber indenização. O presidente da Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero), brigadeiro José Carlos Pereira, informou que os passageiros devem encaminhar as reclamações à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) ou para a ouvidoria da Infraero. Confira os sites:

www.infraero.gov.br e http://www.anac.gov.br/

Se o consumidor mora no Estado de São Paulo e deseja reclamar contra os atrasos e/ou cancelamentos de vôos, deve preencher o formulário no site http://www.procon.sp.gov.br/noticia.asp?id=318.

Aeroportos

Passageiros com dúvida a respeito de seus vôos ou de familiares e amigos podem entrar em contato diretamente com os aeroportos e solicitar informações. Confira abaixo os telefones de alguns dos principais aeroportos do País.

» Congonhas (SP) - (11) 5090-9000
» Guarulhos (SP) - (11) 6445-2945
» Santos Dumont (RJ) - (21) 3814-7070
» Galeão (RJ) - (21) 3398-5050
» Salgado Filho (RS) - (51) 3358-2000
» Tancredo Neves (MG) - (31) 3689-2700
» Aeroporto de Vitória (ES) - (27) 3083-6300
» Juscelino Kubitschek (DF) - (61) 3364-9000
» Eduardo Gomes-Manaus (AM) - (92) 3652-1210
» Guararapes-Gilberto Freyre (PE) - (81) 3464-4188
» Dep. Luís Eduardo Magalhães (BA) - (71) 3204-1010
» Aeroporto de Goiânia (GO) - (62) 3265-1500

Confira o contato das principais empresas:

» Gol: 0800-2800465www.voegol.com.br
» TAM: 0800-5705700 www.tam.com.br
» BRA: (11) 6445-4310/ 3107-5454 ou (21) 3398-4100 www.voebra.com.br
» Varig: (11) 4003-7000 www.varig.com.br
» Ocean Air: 4004-4040 (nas principais capitais) ou 0300-7898160
www.oceanair.com.br

Redação Terra





Entenda o que gerou o caos aéreo


O caos aéreo registrado nos aeroportos brasileiros teve início na madrugada de sexta-feira, no Aeroporto Internacional Eduardo Gomes, em Manaus (AM), quando os controladores de vôo teriam paralisado suas atividades. O presidente da Infraero, brigadeiro José Carlos Pereira, admitiu que alguns vôos foram retidos em Manaus, mas negou que houvesse uma greve dos controladores.

Na tarde de sexta-feira, os controladores de vôo dos aeroportos de Brasília, Salvador e Curitiba anunciaram uma paralisação. Segundo o Sindicato Nacional dos Trabalhadores de Proteção ao Vôo, os profissionais se aquartelaram e iniciaram uma greve de fome, reivindicando melhores condições de trabalho.

Às 18h44 da sexta-feira, a Infraero anunciou que todos os aeroportos do País foram fechados para decolagens. Os controladores de vôo iniciaram uma paralisação geral das atividades, depois que o comandante do Cindacta 1, coronel Carlos Vuyk de Aquino, ameaçou os controladores de Brasília de demissão

O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, foi até o Cindacta-1, onde os controladores estavam aquartelados, para negociar o fim da greve. As negociações envolveram gratificações, a desmilitarização, o plano de carreira e a abertura da CPI do Apagão Aéreo. Os controladores de vôo retomaram o trabalho às 0h30 de sábado

Redação Terra


Manifesto dos Controladores

Confira o manifesto dos Controladores de vôo em sua íntegra:

"Manifesto dos Controladores de Tráfego Aéreo .

A quem é atribuída as paralisações do tráfego aéreo em virtude de fenômenos naturais como chuvas e nevoeiros? . Quem, ao tentar expor as verdadeiras situações do tráfego aéreo nos livros de ocorrências dos órgãos operacionais, sofre perseguições da chefia militar? . Quem é acusado de insubordinado e sindicalista ao executar uma operação de segurança que consta em norma internacional de aviação civil? . Quem é o principal suspeito ao ocorrer panes no sistema de comunicação, queda de energia ou overbooking de empresas aéreas? . Quem é o profissional obrigado a monitorar vôos e milhares de vidas acima do recomendado pelas normas de segurança? . Quem é o militar aquartelado sem o direito de protestar pela falta de operadores? . Quem é o profissional que tem sua dispensa médica ou férias interrompidas pela convocação de oficiais superiores a fim de suprir a falta de operadores? . Quem passa os dias trabalhando com equipamentos obsoletos e prejudiciais à saúde? . Quem tem de se desdobrar para prestar serviço seguro quando ocorrem falhas de comunicação nas chamadas zonas cegas? Para todas estas perguntas, uma resposta nos parece comum: o Controlador de Tráfego Aéreo. Passados seis meses de crise, não há nenhuma sinalização positiva para as dificuldades enfrentadas pelos Controladores de Tráfego Aéreo. Ao contrário, as mesmas agravaram-se. Não bastassem as dificuldades de ordem técnica-trabalhista, somos também acusados de sabotadores, numa tentativa de encobrir as falhas de gestão do sistema. . Nestes meses de crise passamos por diversas degradações, as quais já ocorreram várias vezes anteriormente, mas não em um espaço tão curto: 1. Queda do sistema de vigilância radar em Curitiba, devido tempestade; 2. Queda das freqüências do setor norte de Curitiba, devido raio em Campo Grande ; 3. Queda das comunicações em Brasília (SITTI); 4. Vários fechamentos de Congonhas devido chuva forte; 5. Falta de aeronaves reservas para suprir panes em aeronaves no Natal; 6. Queda do sistema de tratamento de plano de vôo de Brasilia e 7. Pane no sistema de Aproximação por Instrumentos de Guarulhos O único evento comprovado que houve relação direta com o profissional de Controle de Tráfego Aéreo, foi na semana de finados, quando não havia Controlador suficiente para compor as equipes operacionais. Nas demais degradações, NUNCA houve ato de sabotagem por parte desse profissional que trabalha para prover a segurança e não atos de terrorismo. Apenas para lembrar a sociedade brasileira o evento da queda das comunicações de Brasília foi causado por imperícia de um Tenente da Força Aérea Brasileira, que não pertence ao quadro de Controle de Tráfego Aéreo. Vale ressaltar que o acesso às salas técnicas é restrito não sendo permitida a entrada de nenhum técnico de outra área. Posteriormente o próprio Comandante da Força admitiu que o equipamento já estava "bastante desgastado" . O último evento em Guarulhos, o qual tanto o Presidente da República quanto o Ministro da Defesa, apressaram-se em levantar a tese de sabotagem outra vez. Infelizmente quem esta de fora e não recebe as informações corretas só pode pensar em sabotagem, mas a verdade mais uma vez veio à tona: desde fevereiro o equipamento aguarda liberação para seu uso. Uma investigação mais aprofundada irá comprovar que a anos que este equipamento apresenta falhas, assim como há vários outros pelo País afora com problemas. J Sempre reportamos as deficiências do sistema, mas nunca deram a devida atenção, acusando-nos de sermos críticos demais. A incompatibilidade entre a vida militar e o controle de tráfego aéreo já foram denunciadas pela OACI, Organização da Aviação Civil Internacional, e pela OIT, Organização Internacional do Trabalho: Segundo a OIT, “A profissão de Controlador de Tráfego Aéreo é única e traz consigo características específicas que devem ser levadas em consideração e quando identificados problemas que se trate de buscar soluções." "Os conflitos trabalhistas no controle de tráfego aéreo se devem a diversas causas. Em particular parece que existe uma correlação entre seu aparecimento e o reconhecimento inadequado da profissão; a qualidade do equipamento; a falta de capacidade dos sistemas para fazer frente aos períodos de pico de tráfego aéreo; assim como os problemas relativos aos salários e às condições de trabalho. Desta forma os Controladores devem participar, por meio de suas organizações representativas análogas na determinação de suas condições de emprego e de serviço. Além do que, os Controladores devem ser consultados sobre o desenho, a planificação e a aplicação das condições técnicas relativas aos sistemas de controle de tráfego aéreo." O Brasil vive momentos inéditos de democracia e transparência com o resgate dos valores da ética, do respeito, com a coisa pública. aos direitos da coletividade, momento histórico que, repise-se não se coaduna com a "caixa-preta" que se tomou o controle de tráfego aéreo brasileiro. Chegamos ao limite da condição humana, não temos condições de continuar prestando este serviço, que é de grande valia ao País, da forma como estamos sendo geridos e como somos tratados. NÃO CONFIAMOS NOS NOSSOS EQUIPAMENTOS E NÃO CONFIAMOS NOS NOSSOS COMANDOS! Estamos trabalhando com os fuzis apontados para nós, vários representantes de associações LEGAIS estão sendo perseguidos, com afastamentos e transferências arbitrárias. A represália do alto escalão militar contra os sargentos controladores tem gerado tamanha insatisfação que não suportaremos calados em meio a tamanha injustiça e impunidade aos verdadeiros responsáveis pelo caos. Clamamos por mudanças tão quanto os passageiros desesperados por soluções imediatas. Devido a desesperança que abateu-se sobre os profissionais de Tráfego Aéreo a partir do dia 30 de março, os Controladores de Tráfego Aéreo do Brasil irão se auto-aquartelar e iniciar greve de fome até que o Governo atenda as nossas REINVINDICAÇÕES: 1. Fim das perseguições e retomo imediato dos representantes de associações e supervisores afastados de suas funções de origem; 2. Criação de uma gratificação emergencial para os Controladores de Tráfego Aéreo; 3. Início da desmilitarizaçã o conforme proposta do GTI com absorção voluntária da mão-de-obra dos atuais Controladores de Tráfego Aéreo militares; -4. Nomeação de uma comissão com representantes do poder executivo e dos controladores (civis e militares), a fim de acompanhar as mudanças no Tráfego Aéreo Nacional. Mudanças que devem ser assumidas formalmente pelo Governo Federal, já que ate o momento não há nenhum compromisso institucional neste sentido."

Redação Aerominas

segunda-feira, março 05, 2007

Pitts acrobático cai em BH


Um avião de acrobacias Pitts prefixo PT-ZSB caiu no começo da tarde do sábado, 03/03/2007 no Aeroporto Carlos Prates, em Belo Horizonte (MG). O piloto, José Alfredo Berger, foi levado pelo Corpo de Bombeiros para o pronto-socorro da cidade. Ele teve fraturas no braço e na perna. O monomotor pegou fogo depois da queda, mas a equipe dos bombeiros conseguiu controlar a tempo.

Segundo informações obtidas com presentes ao acidente, a aeronave sofreu um stol ( perda de sustentação ) caindo em um campo após a pista. Pessoas que ali estavam conseguiram cortar o cinto de segurança que prendia o piloto e o libertaram.
Na foto, o avião acidentado.


Redação GloboMinas

Complemento Aerominas